segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

“Espiral da MEMÓRIA…uma viagem no TEMPO”.



“Espiral da MEMÓRIA…uma viagem no TEMPO”

O atual Memorial Auschwitz-Birkenau tornou-se um local de memória para o mundo contemporâneo. O campo de trabalho foi criado pelo governo alemão, aquando da ocupação da Polónia, na periferia de Oswiecim, mudando-lhe o nome para Auschwitz. Os moradores de um bairro desta cidade, e das aldeias em redor, foram expulsos para que fosse construído aquele que é considerado o maior campo de concentração alemão. Os habitantes judeus foram encaminhados para os guetos.
O primeiro transporte de prisioneiros chegou ao campo a 14 de junho de 1940.
Indescritível o sentimento neste espaço de sofrimento de vários milhares de pessoas. O silêncio transporta-nos para o passado de horror infligido pelo regime nazi nestes barracões, na época fábricas relacionadas com a indústria bélica, dormitórios, armazéns, oficinas e pelos caminhos, agora com gravilha. Em último plano, na torre de vigilância o serviço de segurança (SS) assegurava que ninguém escapava do campo. Fatalmente, a execução seria o seu destino. A 27 de janeiro de 1945, as tropas soviéticas libertaram, deste complexo, cerca de 7 mil prisioneiros, entre estes 500 crianças. Este dia foi consagrado pela ONU como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
O Secretário- Geral Ban Ki-moon afirmou “há sinais à nossa volta que nos relembram os perigos de esquecer”. A nossa esperança é a de que as gerações vindouras, interiorizem valores e um sentido de vida, para que tais horrores não voltem a acontecer e se construa um mundo de igualdade e de respeito pelo outro.
A exposição ”Espiral da Memória...uma viagem no tempo” que se encontra no Museu Manuel Soares de Albergaria, é constituída por uma série de 63 fotografias registadas em Julho de 2014, no âmbito da viagem realizada pelas docentes Dores Fernandes, Cristina Festas e Josefa Reis a Auschwitz-Birkenau denominada “Comboio da Memória”, projeto desenvolvido no Agrupamento de Escolas de Pombal pelas docentes Isabel Vicente, Verónica Dankova e Cristina Costa às quais nos associámos.
Assim, no ano em que se assinalam 75 anos sobre o ato de Aristides de Sousa Mendes e 70 anos da libertação do Campo de Concentração de Auschwitz, e perante a temática do projeto UNESCO, “Refugiados e Heróis, do Passado e do Presente”, desenvolvido este ano letivo no Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal,  torna-se imperativa esta partilha, que serve como um alertar de consciências, perante o flagelo atual dos REFUGIADOS.
                                                                                                 Fotos Josefa Reis/ Dores Fernandes e Paula Teles Texto– Dores Fernandes/Josefa Reis
                                                                                                                          





quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

“Crianças e Jovens... o direito a ter DIREITOS”


“Crianças e Jovens... o direito a ter DIREITOS”

Segurança, proteção e felicidade em destaque na Mesa Redonda sobre “Crianças e Jovens… o direito a ter Direitos”
            Afinal quando é que se pode dizer que uma criança é feliz? Este foi o principal desafio colocado às convidadas da Mesa Redonda sobre “Crianças e Jovens … o direito a ter Direitos”, realizada no dia 16 de dezembro, em Carregal do Sal e promovida pela CPCJ de Carregal do Sal e pelo Núcleo Distrital de Viseu da EAPN (Rede Europeia Anti Pobreza), no âmbito de um protocolo recentemente firmado entre a EAPN Portugal e as CPCJ’s.
            No âmbito deste evento, foi inaugurada a exposição de pintura dos trabalhos dos alunos do curso de Artes do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, atividade que integra o projeto UNESCO, em desenvolvimento este ano letivo.
A mostra, constituída por 10 telas, foi explicada pela professora de Desenho A, que integra a equipa UNESCO, Josefa Reis, e que orientou os discentes e pelos próprios autores das obras, que referiram que a inspiração teve como base acontecimentos do quotidiano que envolvem a temática da criança em contexto social, tendo como principal referência orientadora “Os direitos da criança”, como o direito à educação, à proteção, à vida, a ser feliz, entre outros.
Dores do Carmo e Josefa Reis

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

“CES vai à Escola”



"Aprender Gramáticas da dignidade humana: para uma escola geradora de justiça cognitiva e social"

          No dia 14 de dezembro, a partir das 14.05 horas, na Escola Secundária, decorreu uma sessão dinamizada pelo Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Esta iniciativa foi promovida pela Coordenação do Programa Parlamento dos Jovens – do Básico e do Projeto UNESCO, tendo como objetivos: desenvolver os valores inerentes a uma cidadania interventiva e responsável no respeito pelas diferenças e sensibilizar para a problemática do desrespeito pelos direitos humanos universais. Visava, ainda, preparar os alunos, que constituem as listas concorrentes, para a participação no referido programa, cujo tema é “Racismo, preconceito e discriminação”, principal público-alvo, para além dos alunos do 9º A e das turmas de Línguas e Humanidades e de Artes Visuais, do Secundário.
          Na abordagem, o Dr. Adriano Moura partiu de uma leitura crítica dos Direitos Humanos, procurando suscitar a reflexão acerca das possibilidades destes se transformarem num guião de justiça cognitiva e social, no âmbito da comunidade escolar, especificando o conceito de “gramáticas” da dignidade humana, que justificou pelo facto de, para além da Declaração Universal dos Direitos Humanos- criada em 1948, após as atrocidades no contexto da 2ª guerra mundial - termos que ter em conta outras resoluções e cartas de vários países e culturas que consagram, igualmente, os direitos do homem.
          Neste sentido, as/os alunas/os foram convidadas/os a pensar nas implicações e mudanças práticas que os direitos humanos podem ter no ambiente escolar, nas aprendizagens e nas vivências do dia-a-dia. O orador afirmou que, sendo certo que escola não pode resolver todos os problemas da sociedade, urge perspetivar a comunidade escolar como espaço natural de aplicação de gramáticas da dignidade humana, originando processos de justiça social e promovendo a esperança às crianças e aos jovens, enquanto agentes transformadores da realidade.
          No espaço de debate, o alunos colocaram questões pertinentes e atuais, relacionadas com a questão do confronto de valores, dos problemas transnacionais, como o terrorismo e o (re)acender das clivagens sociais e étnicas, de tal modo que o tempo previsto para a sessão foi ultrapassado, o que permite concluir que foi uma sessão muito profícua.

Dores Fernandes, Helena Romão e Josefa Reis (Fotos)